Filme: La vie d'une autre (2012)



Sugestão vinda directamente da França (é tão bom ter um irmão em terras francesas).


E se um dia nos apaixonássemos, tivéssemos uma noite louca com aquele que pensamos ser a nossa alma gémea e depois acordássemos anos depois, já com um filho, e a tratar do divórcio com a suposta alma gémea?

Marie acorda uma manhã quinze anos depois de ter adormecido e tem um choque. É um choque de expectativas porque o que planeou para o futuro pode não corresponder à realidade, porque o que tem na realidade está muito acima de todos os sonhos, porque apesar de a realidade ter trazido riqueza e bens materiais nunca dantes imaginados, a felicidade não faz parte da vivência e a frieza e o medo de demonstrar fraqueza ganha em largos pontos à espontaneidade das emoções. Esta não é a vida que Marie pensou ter, quando adormeceu. 

Com o objectivo de recuperar os anos que supostamente viveu na pele de uma mulher com a qual não se identifica, Marie é quem sempre pensou ser, mesmo quando os mais próximos estranham a mudança para a Marie de há dez anos atrás, e tem como objectivo reconquistar o marido e ser a mãe que sempre quis ser, mas que não foi enquanto dormia?/trabalhava para ser rica.

Com uma banda sonora fantástica e com uma cena interessante, e para mim comovente, ao pé da Estátua da Liberdade em Paris, este é um dos filmes que recomendo para os sábados de Outono que se aproximam.  

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